Tudo começa com a identificação daqueles que vão transmitir melhor a cultura e as práticas da empresa. Mas como dar continuidade a esse processo na fase de rápido crescimento?
Para termos uma equipe de alta performance, sobretudo na fase em que a empresa está crescendo de modo acelerado, além de selecionar bem, temos que ter o apoio maciço dos nossos melhores funcionários para que sejam os nossos treinadores internos. Em outras palavras, os “coaches” que nos ajudarão a multiplicar as melhores práticas e atitudes dentro da organização, criando um ambiente de aprendizagem coletiva.

Para tanto, temos que identificá-los, conscientizá-los da importância estratégica do seu papel, criar condições para que possam treinar os demais, repassando seus conhecimentos e sua experiência, reconhecê-los e valorizá-los por estas ações.

Esta estratégia é a mais simples, a mais eficaz e a mais econômica, e vem sendo adotada por muitas empresas de sucesso.

Como funciona? Suponhamos que você tenha um recém admitido na sua empresa. Você poderia escolher o melhor funcionário daquele setor, pedir sua ajuda para treinar o novato, explicar como a contribuição seria importante e combinar o esquema geral: primeiro a atuação seria tipo “projeto sombra” (quando o treinador faz e o outro observa), em seguida seria o esquema “professor de auto-escola” (quando o novato faz e o treinador acompanha, monitora e dá feedbacks) e finalmente a fase final (quando o treinador dá autonomia e só entra quando o treinando solicita). Claro que é fundamental, também, não esquecer de fazer o “marketing” do treinador para o novo funcionário (frisar a competência dele e o quanto poderá ensiná-lo naquele período). Neste processo você treina duas pessoas ao mesmo tempo (o novato ao adquirir conhecimentos, skills e habilidades e o treinador, ao aprimorar sua liderança).

Além de escolher as pessoas certas para treinar o time, é importante também que saibamos que 70% dos treinamentos devem ser “on the job” (as pessoas aprendem fazendo!), 20% devem ser cursos e palestras (presenciais ou virtuais) e 10% devem contemplar outras ações (esportes, viagens, leituras, trabalhos voluntários, etc).

E o que é treinamento “on the job”? É o treinamento prático no dia a dia. Engloba fazer junto, substituir em férias, ser designado para projetos, participar em reuniões, estagiar em outras áreas ou unidades, visitar fornecedores ou clientes, dar treinamentos internos, etc.

Para os cursos e palestras, podemos convidar os funcionários (eles podem repassar o conteúdo de um curso externo que tenham feito) ou convidados externos.

Crie uma “sessão pipoca” em sua empresa para discutir filmes e vídeos, seguidos de discussão, perguntas e insights. Vocês podem utilizar vídeos de empresas especializadas, do Youtube, do TED Talks ou da própria videoteca da Endeavor (tem centenas de palestras interessantíssimas sobre Estratégia, Gente, Marketing, Motivação, etc).

E, finalmente, não se esqueça de frisar constantemente a importância de cada pessoa do time ser o agente central do seu próprio autodesenvolvimento.

 

Fonte: endeavor.org.br