Muitas empresas perdem bons profissionais por conta de um problema bem simples: a falta de feedback. É isso o que aponta o médico e consultor Eugenio Mussak no livro “Com gente é diferente – inspirações para quem precisa fazer gestão de pessoas”, lançado no fim do ano passado.
Para explicar a importância da ferramenta, o especialista cita duas situações extremas e opostas.
Na primeira, o gerente de departamento de uma companhia precisa demitir um funcionário que está na casa há um ano e ainda não demonstrou as competências esperadas. Ao comunicar o desligamento, o profissional diz ao chefe que sempre fez a mesma coisa e nunca foi alertado de que deveria agir diferente.
Na segunda, o gestor pede a um excelente colaborador que está se demitindo para que reconsidere permanecer no emprego. O que ele ouve é: “recebi uma proposta melhor e achei que não faria falta por aqui, pois nunca senti que meu trabalho fosse valorizado”.
Em ambos os exemplos, a organização perdeu a oportunidade de desenvolver e motivar os funcionários por falta de um retorno adequado sobre o desempenho de cada um deles.
“Em qualquer situação, no trabalho ou nas relações pessoais, dar feedback é uma manifestação de respeito e afeto. E é, antes de tudo, uma demonstração de inteligência interpessoal”, escreveu o autor.
Ele explica como a ferramenta funciona a partir de sua definição. Feedback, em inglês, quer dizer retroalimentar. “Ou seja, alimentar de volta, devolver a uma fonte qualquer, que emite estímulo, parte do resultado desse estímulo. Isso serve para manter o sistema em funcionamento”, esclarece.
No caso, o sistema é a empresa. Para que ela opere corretamente, seus integrantes precisam ser orientados sobre o que devem fazer e, depois, obter retorno para entender se estão agindo da maneira esperada – e caso não estejam, mudar de atitude.
“Todos nós precisamos de autoconfiança e autoestima. A primeira para sermos produtivos, a segunda para sermos felizes. Entretanto, essas qualidades psicológicas não obtemos sozinhos. Precisamos do feedback de nossos pais, professores, amigos, chefes”, escreveu.
Por: Luísa Melo
Fonte: exame.com