Está lançado o desafio: achar um profissional que reúna os conhecimentos, habilidades e comportamentos adequados para o cargo. Quando converso com pessoas que fazem recrutamento e seleção, achar uma pessoa que reúna esses atributos parece óbvio, mas na prática não é o que acontece. Prova disso é a altíssima taxa de turnover que assombra as empresas. O que acontece, então? Muitas vezes a avaliação dos conhecimentos e habilidades das pessoas prevalece e a questão comportamental acaba ficando de lado. É justamente aí que mora o problema.

Por exemplo, se Steve Wozniak, que foi quem fez de fato o primeiro produto da Apple, tivesse ficado com a missão de criar as estratégias comerciais da empresa e as apresentações para os possíveis clientes, provavelmente não conheceríamos a maçã mordida que estampa tantos produtos eletrônicos. Ao mesmo tempo, se Steve Jobs tivesse ficado com o papel de bolar o equipamento, o resultado também não teria sido o que vemos hoje. Ambos eram gênios e tinham amplos conhecimentos de tecnologia, mas o que motivava cada um e a forma de se comportar era bem diferente.

O segredo para contratar a pessoa certa para o cargo certo está em utilizar ferramentas que avaliem aquilo que não está estampado no currículo, mas que será a diferença entre a alta performance e a rotatividade: o comportamento, a essência do candidato versus a essência do cargo. E o melhor de tudo é que isso está ao alcance de qualquer recrutador. Muitas empresas já acordaram para esse fato, outras ainda estão no caminho do descobrimento. Qual é o seu caso?

 

Por Jorge Matos, Presidente da ETALENT

Fonte: http://www.etalent.com.br/