Engana-se quem pensa que é preciso ser tagarela para influenciar pessoas. Acredite, não é em cima de um pedestal e gastando todo o seu “latim” que alguém vai convencer outra pessoa a fazer algo.

Vender ideias e engajar pessoas não acontece da noite para o dia. É um processo que vai muito além de uma voz forte e uma postura extrovertida. É o que defende Jenniffer Kahnweiller no livro “A Força dos Quietos” (Editora Gente).

Mas como é possível combinar silêncio e impacto em uma personalidade tímida? A autora indica seis “forças” estratégicas que ela percebeu no perfil dos chamados influenciadores silenciosos:

1. O MOMENTO DE SILÊNCIO:

“Os introvertidos iniciam sua jornada exatamente onde pensam e recarregam melhor suas energias: em silêncio”, escreve Jenniffer.

Por quê? De acordo com ela, são momentos de reflexão que estimulam a criatividade, ampliam a compreensão do outro e ajudam a manter o foco no que realmente interessa.

Pesquisas já comprovaram que as melhores ideias emergem da solidão, segundo a autora. O silêncio, defende, é terreno fértil para a inovação.

No livro “O Poder dos Quietos”, Susan Cain (citada por Jenniffer) destaca um ponto em comum entre o naturalista Charles Darwin e Steve Wozniak, criador do primeiro PC: suas descobertas mais famosas tomaram forma em momentos de silêncio.

2. PREPARAÇÃO:

Ainda na quietude, os silenciosos “fazem o dever de casa”. Estudam, ampliam o seu conhecimento tendo base para fortalecer pontos de vista.

São especialistas, por excelência. E é assim que mostram seu valor e ganham a confiança de seus pares, diz a autora.

3. ESCUTA ATENTA:

Ouvir o que o outro tem a dizer pode ter efeitos de influência mais duradouros do que apostar em um monólogo.

A partir da observação atenta do discurso, é possível captar os sinais (sutis) que as pessoas emitem e ajustar a postura para ganhar o poder de influência.

Influenciar é o gesto de dar e receber. E é ouvindo o que a outra tem a dizer que é possível saber o que é importante para ela e, assim, identificar a moeda de troca (item essencial do processo de influência).

4. CONVERSAS FOCADAS:

Depois de ouvir, é sua hora de falar. Encorajar, oferecer apoio, aprender e estimular o aprendizado do outro são algumas das táticas de conversa bem-sucedidas reunidas pela autora.

Jenniffer também destaca que influenciadores silenciosos conseguem, a partir dessas conversas, avançar na solução de problemas e no enfrentamento de conflitos.

5. ESCRITA:

Para muitos introvertidos, a escrita é uma válvula de escape poderosa. Influenciadores silenciosos, segundo a autora, usam esta habilidade a seu favor.

Para isso, lançam mão de algumas táticas: conhecer e adaptar o texto ao seu público alvo, coerência e coesão impecáveis e argumentos persuasivos.

6. PLANO DE MÍDIA SOCIAIS:

As mídias sociais são aliados “de peso” e os influenciadores silenciosos sabem disso, segundo a autora.

Isso porque elas permitem que tímidos organizem seus pensamentos (ao seu ritmo) e decidam o que e onde compartilhar ideias e argumentos. É uma forma de se expor de maneira mais controlada.

“Também permitem que aqueles que hesitam em falar em público tenham a oportunidade de se comunicar e colaborar com centenas de pessoas e até milhares de pessoas ao redor do mundo”, escreve Jenniffer.

 

Por Revista EXAME

Fonte: http://clubedocoach.org/