Ele é fundamental para o desenvolvimento dos funcionários de uma empresa, mas, se feito da forma errada, pode acabar sendo prejudicial.
O momento do feedback é delicado. Muitas vezes, porém, devido à pressão do dia-a-dia ou aos prazos da avaliação anual de desempenho, ele é realizado sem o devido cuidado, gerando situações constrangedoras e comuns no universo empresarial.
Com o objetivo de ajudar o empreendedor a usar este momento tão importante da forma mais apropriada, sendo assertivo e eficiente, o Portal Endeavor convidou a consultora e especialista em gestão de pessoas Ana Bampi para listar 10 conselhos do que NÃO fazer na hora de dar um feedback. Confira:
1. Não se esqueça de “quebrar o gelo”. Se você chama alguém para um “feedback”, mesmo que seja no contexto da avaliação anual de desempenho, os dois lados estarão tensos. Portanto, quebrar o gelo logo no início é fundamental para que ambas as partes se sintam mais confortáveis ao iniciar uma conversa séria.
2. Não coloque “lenha na fogueira”. Se o feedback for pontual e a situação for de estresse, tratar do tema quando os ânimos ainda estão alterados só piora as coisas. É importante encontrar o momento certo para falar, de forma a garantir boa vontade de ambas as partes, em escutar, conversar e entrar num consenso.
3. Não espere as coisas caírem no esquecimento. Ao mesmo tempo em que dar um feedback no calor da emoção pode tornar as coisas mais difíceis, demorar muito para tratar do tema pode fazê-lo perder o sentido. O timing é fundamental!
4. Não tire conclusões baseadas em achismos. O feedback tem de ser pautado no comportamento observado (fatos e dados). Caso você não tenha visto ou presenciado uma determinada situação, então não pode falar sobre ela. É importante que fique muito claro para quem recebe o feedback em qual contexto determinadocomportamento gerou qual consequência (negativa ou positiva).
5. Não exponha o seu interlocutor. Nada de dar o exemplo na frente de outros funcionários, expondo sua opinião em meio a outros colegas de trabalho. O feedback não deve ter plateia, a menos que seja para fazer um reconhecimento público de um bom trabalho!
6. Não deixe de se colocar no lugar do outro. A melhor forma de você ponderar sua análise é pensar como a outra pessoa pode estar encarando-a. Não se esqueça de que sempre há os dois lados da moeda. As palavras também podem criar armadilhas e situações delicadas. Cuidado ao pronunciar “nunca”, “sempre”, “pontos fracos”, “descuidado”, “descomprometido”.
7. Não elogie demais, nem critique demais. Para ser construtivo, o feedback não pode ser “puxão de orelha” nem tampouco “jogar confete”. Equilibre sua análise ressaltando os pontos fortes e os pontos a serem desenvolvidos. Para facilitar, crie um roteiro para saber o que e como pontuar.
8. Não esteja presente pela metade. Seu posicionamento é fundamental para que o feedback seja bem recebido. Por isso, é preciso estabelecer um diálogo realmente ativo. Estar com a cabeça em uma coisa, mas falando de outra, vai torná-lo subjetivo e ineficaz. Reserve um tempo para o feedback e esteja inteiro!
9. Não olhe só para o passado, sinalize o futuro. Avaliar os comportamentos passados e reconhecer erros e acertos é parte do processo de aprendizado, mas de nada vai adiantar se esta reflexão não vier junto com alguma orientação. Tão importante quanto olhar para o passado é projetar o futuro, sinalizando o que pode e deve ser feito para melhorar.
10. Não seja um líder distante, construa confiança. Manter uma relação próxima e natural com as pessoas com quem trabalha é fundamental para um diálogo produtivo. Não adianta forçar uma aproximação exclusivamente nessas horas. Abertura requer confiança. Confiança se constrói ao longo do tempo e, na hora do feedback, ela faz toda a diferença!
Por Vinícius Victorino, da equipe de Cultura Empreendedora – Endeavor Brasil.
Fonte: endeavor.org.br